segunda-feira, janeiro 28

2013 e para além



O Motley Fool, juntou 5 personalidades para pensar o que o futuro nos reserva.

terça-feira, janeiro 22

David Tepper na Bloomberg


A rentabilidade do fundo do David Tepper foi 30% em 2012. Quando vejo o David Tepper, ele não me parece muito inteligente no entanto a minha performance em 2012 foi 19.74%, o que me faz duvidar da minha própria inteligência...

segunda-feira, janeiro 21

Carl Icahn nos 60 minutos

sábado, janeiro 12

Consuelo Mack entrevista Ed Hyman e Dennis Stattman - Parte 1

Banco de França estima recessão

Afinal o salvador da Europa, o sr. Hollande, o paladino do crescimento, também gosta da austeridade. E agora Seguro, onde está o caminho para o crescimento, por decreto?

O tabu da saída do euro

O Daniel Oliveira, na sua coluna do Expresso, com cujo conteudo geralmente não concordo, escreveu hoje um artigo que recomendo; O tabu da saída do euro. Recomendo, porque pela primeira vez vejo alguém da esquerda a explicar que as alternativas à austeridade, nomeadamente a renegociação da divida, têm consequências, também elas pouco agradáveis. Os meus parabéns ao Daniel Oliveira, pela honestidade intelectual.

(...) E qualquer debate sério sobre as alternativas à austeridade acaba numa pergunta incómoda: se a situação se continuar a agravar na Europa - em Espanha e Itália, para começar - deve Portugal sair do euro? Claro que a melhor solução passa por uma alteração de rumo na Europa. Mas se tudo ficar na mesma? Como poderemos forçar uma renegociação da dívida, no quadro atual, se a saída do euro for um tabu? É que uma renegociação imposta pelo credor, que inevitavelmente acontecerá, é, no seu conteúdo e nas suas consequências, exatamente o oposto a uma renegociação imposta pelo devedor. E a única forma de impor uma renegociação contra a vontade do credor é pondo a possibilidade credível de entrar em ruptura. O que pode implicar a saída do euro. 

É natural que todos os partidos da oposição ponham de lado a saída do euro. As suas repercussões imediatas seriam muito difíceis: aumento da inflação com perdas nas poupanças e nos salários; aumento do desemprego; fuga de capitais; crise bancária. Vale a pena, apesar de tudo, mostrar o reverso da moeda: a saída do euro permitiria, a médio prazo, aumentar bastante as nossas exportações e o turismo e substituir muitas importações por consumo de produtos nacionais, com efeitos profundos na balança comercial e na economia interna. 

Pude observar os efeitos negativos e positivos da desvalorização brutal da coroa, na Islândia, (ver, amanhã, reportagem na Revista do "Expresso"): perda de poupanças, inflação galopante, aumento das dívidas das famílias (se bem que, nesta matéria, a coisa é um pouco diferente do que aqui seria, já que estavam indexadas ou a moedas estrangeiras ou à inflação), mas também uma explosão do turismo, um aumento considerável das exportações e uma redução da importações, o que estão a ajudar o país a recuperar economicamente. 

Por fim, a saída do euro só poderia corresponder a uma renegociação muitíssimo profunda da dívida externa, pública e privada, o que atenuaria de forma considerável a necessidade de acesso aos mercados da dívida a curto e médio prazo. É bom recordar que nos estamos endividar para pagar juros, e não apenas para pagar as nossas despesas.

Nenhum político que se oponha à austeridade quer propor, como alternativa, uma austeridade ainda mais violenta. Só que eu não sou político. E posso defender que, enquanto a austeridade no quadro do euro não cria um único factor que nos permita sair da crise, uma saída do euro poderia fazê-lo
A estratégia de endividamento sucessivo, sem uma renegociação da dívida que nos seja realmente favorável, associada a uma austeridade sem soberania monetária, terá, a médio e longo prazo, o mesmo efeito catastrófico da saída do euro: desvalorização salarial, desemprego, crise económica, perda de poupanças e impossibilidade de recorrer aos mercados por muito tempo. Com a diferença de que, agravando as nossas condições de competitividade e destruindo o mercado interno, não apresenta qualquer saída de futuro. A diferença entre uma interminável austeridade tutelada e a saída do euro é a diferença entre a queda num poço sem fundo e a passagem por um túnel escuro. Só há negociação com um poder europeu hostil se houver disponibilidade de Portugal para sair por vontade própria do euro.(...)

sexta-feira, janeiro 11

Não para ser Reformado

É claro que esta imoralidade que existe no Estado, para ser resolvida, tem de começar por cima - exactamente pela figura do Presidente da República.
 
O Presidente da República é o nosso representante supremo, eleito pela maioria dos portugueses. Porém, o homem que nós temos na Presidência da República é um reformado, um reformado com múltiplas pensões de reforma.
 
Os portugueses elegeram este homem Presidente da República e cuidaram, para que ele os pudesse representar bem, de lhe pôr à disposição um vencimento generoso, um palácio para habitar, segurança pessoal, uma série de outras despesas pagas e muitas outras prerrogativas.
 
E não é que este homem decide renunciar ao vencimento generoso de Presidente da República que os portugueses lhe puseram à disposição para receber, em lugar disso, pensões de reforma, múltiplas pensões de reforma a que nenhum português que tenha trabalhado a vida inteira teria direito?
 
A primeira coisa a fazer na moralização do Estado é dizer ao Presidente da República: "Não há conversas, nem continhas de tostões para ver como é que ganha mais. O senhor recebe o vencimento de Presidente enquanto for Presidente da República. Nós elegemo-lo para ser Presidente da República, não para ser Reformado".
 
Pedro Arroja no Portugal Contemporâneo